Nas Centrais de Abastecimento do Pará
(Ceasa), cerca de 60 toneladas de alimentos vão parar diariamente no lixo. Por
se tratar de um centro de distribuição de hortifrutigranjeiros para
comercialização, os itens que não estão em perfeitas condições para venda nos
centros comerciais são descartados, mesmo que ainda possam ser consumidos. Para
evitar o desperdício, a coordenação da Ceasa criou o projeto Banco de
Alimentos, que recolherá verduras, legumes e frutas descartados pelos
comerciantes para distribuir, após limpeza e esterilização, a entidades
cadastradas.
“Uma das metas do governo do Estado é
diminuir a fome da população. Esse projeto vai trabalhar para amenizar esse
problema e minimizar o desperdício, alimentando quem necessita. Neste mês
começamos a implantar o projeto, e vamos trabalhar na conscientização dos
empresários e trabalhadores da Ceasa. Acreditamos que em três meses
conseguiremos implantar o projeto totalmente”, informou Marco Raposo, diretor
presidente da Ceasa
A logística funcionará dentro da própria
Ceasa, com a parceria da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará
(Susipe), por meio da utilização de mão de obra da Fábrica Esperança -
Organização Social (OS) que gerencia projetos de reinserção social de egressos
do Sistema Penal, mantidos pelo governo do Estado. O projeto prevê ainda a
revitalização da cozinha da Ceasa, para retornar com o "sopão", feito
com doações de alimentos da Ceasa e distribuído gratuitamente. A meta é
oferecer 2 mil pratos de sopa por dia.
Parcerias - A empresa Plasmax já é uma das
parceiras do projeto, e trabalhará diretamente na conscientização dos
comerciantes da Ceasa, para o recolhimento dos produtos descartados. O Serviço
Social do Comércio (Sesc) também se aliou a essa iniciativa, destinada a evitar
o desperdício de alimentos. No último sábado (28), a entidade realizou uma
oficina para ensinar manipulação, transporte e acondicionamento de hortifrutis,
além do aproveitamento integral dos alimentos, a trabalhadores do mercado,
empresários e ribeirinhos do entorno da área da Ceasa. Além da orientação, o
evento também teve atividades para toda a família, com escovódromo, biblioteca,
avaliação nutricional, educação em saúde (prevenção de Doenças Sexualmente
Transmissíveis - DST/Aids) e recreação.
“É muito importante minimizar essa perda de
alimentos. Nós buscamos conscientizar e renovar as informações do nosso público
alvo, e essa parceria com a Ceasa é perfeita pra isso”, afirmou Camila Araújo,
nutricionista do Projeto Mesa Brasil do Sesc.
Até o fim do ano, a Ceasa também vai melhorar
sua estrutura física. O projeto de revitalização asfáltica e sinalização
horizontal e vertical já foi aprovado pelo governo, e deverá ser publicado no
Diário Oficial do Estado na próxima quarta-feira (2). Estão planejadas, ainda
para este ano, a construção dos galpões da melancia e das flores, a ampliação
do galpão destinado à agricultura familiar e a reforma dos demais galpões e da
parte elétrica.
“Essas mudanças serão um beneficio para toda
a sociedade. Nossa recepção de produtos expandiu bastante, mas ainda tempos a
mesma estrutura da época da inauguração, mesmo com uma realidade tão diferente.
Será um grande investimento do governo nessa estrutura tão importante para o
nosso Estado”, reiterou o titular da Ceasa.
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